
O estabelecimento onde trabalhava Viviana Villalba, 22 anos, a mulher que morreu depois de ser atropelada na madrugada de domingo (8), entre Santo Ângelo e Giruá, no noroeste gaúcho, deu mais detalhes sobre o caso na quarta-feira (11).
Em nota de esclarecimento, a Boate Êxtase, que fica às margens da RS-344, onde ocorreu o atropelamento, disse que encerrou as atividades na madrugada de domingo (8), por volta de 1h30min, e que Viviana deixou o local às 3h42min.
Câmeras de videomonitoramento do local mostraram a mulher deixando o local nesse horário. Segundo a boate, Viviana vestia um moletom, aparentemente utilizado como vestido, e meias nos pés. Também carregava consigo um aparelho de som portátil, telefone celular e carregador.
Minutos depois da saída, Viviana foi vítima de atropelamento na rodovia. Câmeras da cidade de Giruá registraram o corpo sobre o teto do carro entre as 3h48min e 3h52min. O motorista relatou à polícia que só identificou o cadáver quando chegou em casa.
A casa noturna também negou que tenham ocorrido brigas ou qualquer confusão no interior da boate naquela noite. O estabelecimento informou ainda que a proprietária acolheu a família da vítima, que era da Argentina, em sua própria residência e lhes deu "todo o apoio possível".
O corpo de Viviana foi liberado para translado à Argentina na quarta-feira (11). Ela é natural da cidade argentina Dos de Mayo e completou 22 anos no dia do acidente. Deixa uma filha de quatro anos.
Investigação
Um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso. Conforme a delegada Elaine Maria da Silva, a instrução do inquérito deve ser concluída no prazo de 30 dias. No entanto, depende de laudos periciais ainda pendentes. A delegada não forneceu detalhes para não comprometer a investigação, segundo ela.
No dia do acidente, o motorista relatou às autoridades que achou ter atropelado um animal. Pelo fato de haver muita neblina no trecho, não parou por insegurança de permanecer no local.
Alguns quilômetros depois, a ageira que o acompanhava percebeu que havia uma perna sobre o vidro traseiro do carro. Uma câmera na cidade de Giruá capturou as três vezes em que o motorista a pela mesma rua com o corpo de Viviana no teto do carro.